Alma sofredora,
Coração, corroído no peito...
Sonhos em vão,
Derramados no chão,
Como lágrimas no meu leito...
Coração que ama demais.
Ou será de menos?...
Talvez... talvez não...
Engrandecido, enaltecido,
Como teus sonhos loucos,
Teus dias vão passando...
Vão-se esvaindo aos poucos...
E os sonhos, vão ficando...
Coração vermelho, ardente
Teu sangue pulula,
Fazendo vibrar teu ser,
E como que num repente,
A vida tem outro viver!
sábado, 22 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Charles Reade
"Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito, e você colhe um caráter. Semeie um caráter, e você colhe um destino. "
O poema do semelhante - Elisa Lucinda
O Deus da parecença
que nos costura em igualdade
que nos papel-carboniza
em sentimento
que nos pluraliza
que nos banaliza
por baixo e por dentro,
foi este Deus que deu
destino aos meus versos,
Foi Ele quem arrancou deles
a roupa de indivíduo
e deu-lhes outra de indivíduo
ainda maior, embora mais justa.
Me assusta e acalma
ser portadora de várias almas
de um só som comum eco
ser reverberante
espelho, semelhante
ser a boca
ser a dona da palavra sem dono
de tanto dono que tem.
Esse Deus sabe que alguém é apenas
o singular da palavra multidão
É mundão
todo mundo beija
todo mundo almeja
todo mundo deseja
todo mundo chora
alguns por dentro
alguns por fora
alguém sempre chega
alguém sempre demora.
O Deus que cuida do
não-desperdício dos poetas
deu-me essa festa
de similitude
bateu-me no peito do meu amigo
encostou-me a ele
em atitude de verso beijo e umbigos,
extirpou de mim o exclusivo:
a solidão da bravura
a solidão do medo
a solidão da usura
a solidão da coragem
a solidão da bobagem
a solidão da virtude
a solidão da viagem
a solidão do erro
a solidão do sexo
a solidão do zelo
a solidão do nexo.
O Deus soprador de carmas
deu de eu ser parecida
Aparecida
santa
puta
criança
deu de me fazer
diferente
pra que eu provasse
da alegria
de ser igual a toda gente
Esse Deus deu coletivo
ao meu particular
sem eu nem reclamar
Foi Ele, o Deus da par-essência
O Deus da essência par.
Não fosse a inteligência
da semelhança
seria só o meu amor
seria só a minha dor
bobinha e sem bonança
seria sozinha minha esperança
que nos costura em igualdade
que nos papel-carboniza
em sentimento
que nos pluraliza
que nos banaliza
por baixo e por dentro,
foi este Deus que deu
destino aos meus versos,
Foi Ele quem arrancou deles
a roupa de indivíduo
e deu-lhes outra de indivíduo
ainda maior, embora mais justa.
Me assusta e acalma
ser portadora de várias almas
de um só som comum eco
ser reverberante
espelho, semelhante
ser a boca
ser a dona da palavra sem dono
de tanto dono que tem.
Esse Deus sabe que alguém é apenas
o singular da palavra multidão
É mundão
todo mundo beija
todo mundo almeja
todo mundo deseja
todo mundo chora
alguns por dentro
alguns por fora
alguém sempre chega
alguém sempre demora.
O Deus que cuida do
não-desperdício dos poetas
deu-me essa festa
de similitude
bateu-me no peito do meu amigo
encostou-me a ele
em atitude de verso beijo e umbigos,
extirpou de mim o exclusivo:
a solidão da bravura
a solidão do medo
a solidão da usura
a solidão da coragem
a solidão da bobagem
a solidão da virtude
a solidão da viagem
a solidão do erro
a solidão do sexo
a solidão do zelo
a solidão do nexo.
O Deus soprador de carmas
deu de eu ser parecida
Aparecida
santa
puta
criança
deu de me fazer
diferente
pra que eu provasse
da alegria
de ser igual a toda gente
Esse Deus deu coletivo
ao meu particular
sem eu nem reclamar
Foi Ele, o Deus da par-essência
O Deus da essência par.
Não fosse a inteligência
da semelhança
seria só o meu amor
seria só a minha dor
bobinha e sem bonança
seria sozinha minha esperança
terça-feira, 13 de abril de 2010
AMANHÃ - [ Letra e Música: Felipe Tonasso ]
A noite mostra que se foram as chances de voltar atrás / Os atos impensados que outra vez eu escolhi, sem Ti / Promessas que jamais cumprí, o tempo que perdi sem saber / Que me aceitas como estou, eu descobrí que o Teu amor, não desiste de mim / Amanhã quero acordar com Tua graça a me envolver e sentir Teu perdão // Amanhã quero acordar com Tua graça a me envolver e dizer mais uma vez: escolho crer // Sei que o tempo pode esfriar, o amor que hoje é tão real / Mas não posso me esquecer, eu quero Teu o poder Senhor, prá viver esse amor // Quando tudo falhar eu não vou duvidar / Se em meio ao pecado, eu não Te enxergar / Sei que estás sempre perto e escutas o pedido do meu coração.
Talvez você já tenha sentido uma grande angúsia ao deitar-se para descansar após um dia de trabalho ou de estudos. Muitos de nós sentimos quão pequenos somos apenas quando estamos ali, orando para que Deus nos dê a oportunidade de acordar no dia seguinte para mais um dia. Talvez essa seja a melhor hora para você parar para pensar e reavaliar algumas ações ou decisões. Muitas vezes só conversamos com Deus na hora da angústia e não nos lembramos dEle durante os momentos difíceis que enfrentamos a cada dia. Deus oferece a sua graça incondicional para que possamos sentir o amor que só Ele pode nos dar. Ele quer participar das nossas decisões e nos fazer fortes para cumprir as nossas metas de acordo com a Sua vontade. Basta uma entrega para que Jesus nos envolva com Sua graça. Faça um propósito com o seu Maior Amigo. Ele quer que sintamos o Seu perdão todos os dias. Diga para Cristo: “ Escolho crer.”
Talvez você já tenha sentido uma grande angúsia ao deitar-se para descansar após um dia de trabalho ou de estudos. Muitos de nós sentimos quão pequenos somos apenas quando estamos ali, orando para que Deus nos dê a oportunidade de acordar no dia seguinte para mais um dia. Talvez essa seja a melhor hora para você parar para pensar e reavaliar algumas ações ou decisões. Muitas vezes só conversamos com Deus na hora da angústia e não nos lembramos dEle durante os momentos difíceis que enfrentamos a cada dia. Deus oferece a sua graça incondicional para que possamos sentir o amor que só Ele pode nos dar. Ele quer participar das nossas decisões e nos fazer fortes para cumprir as nossas metas de acordo com a Sua vontade. Basta uma entrega para que Jesus nos envolva com Sua graça. Faça um propósito com o seu Maior Amigo. Ele quer que sintamos o Seu perdão todos os dias. Diga para Cristo: “ Escolho crer.”
sábado, 10 de abril de 2010
Coletânea de Baladas
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Jesus Cristo
"Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam. Se alguém te bater no rosto, ofereça a outra face. "
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A pedidos - Flora Figueiredo
Querem um verso,
mas não sou capaz.
Vejo a palavra fraturar
as entrelinhas,
tento soldá-las,
mas não são minhas.
Rompeu-se o verbo
e me deixou pra trás.
mas não sou capaz.
Vejo a palavra fraturar
as entrelinhas,
tento soldá-las,
mas não são minhas.
Rompeu-se o verbo
e me deixou pra trás.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Adeus
Adeus a quem me amou ou pelo menos fingiu.
Aos q me deram carinho ou conselhos.
Aos q me maltrataram por diversão.
Adeus a vc q me teve e desdenhou,
A quem me quis e eu nem notei,
Adeus a esse mundo de passos incertos.
Na alma levo o q ganhei
No coração o q me foi roubado
Um empate.
Melhor assim, meu saldo tá zerado pra próxima.
Beijos me geral.
Aos q me deram carinho ou conselhos.
Aos q me maltrataram por diversão.
Adeus a vc q me teve e desdenhou,
A quem me quis e eu nem notei,
Adeus a esse mundo de passos incertos.
Na alma levo o q ganhei
No coração o q me foi roubado
Um empate.
Melhor assim, meu saldo tá zerado pra próxima.
Beijos me geral.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Decepção - Cida Villela
Suave, serenamente,
Eu hoje acordei poesia.
Passei o meu dia versando você,
Olhava em seus olhos,
Distantes dos meus,
E a cada olhar,
Por demais atento,
Brotavam, em pensamento,
Versos que seriam seus.
Então desejei amar você.
Juntar palavras a te definir.
Mas antes que eu conseguisse
Definir-te em versos,
Com um simples gesto,
Mero falar,
Conseguiste de súbito
Meus versos quebrar
Eu hoje acordei poesia.
Passei o meu dia versando você,
Olhava em seus olhos,
Distantes dos meus,
E a cada olhar,
Por demais atento,
Brotavam, em pensamento,
Versos que seriam seus.
Então desejei amar você.
Juntar palavras a te definir.
Mas antes que eu conseguisse
Definir-te em versos,
Com um simples gesto,
Mero falar,
Conseguiste de súbito
Meus versos quebrar
domingo, 4 de abril de 2010
Pitágoras
Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.
sábado, 3 de abril de 2010
Desejo - Cassiano Ricardo
As coisas que não conseguem morrer
Só por isso são chamadas eternas.
As estrelas, dolorosas lanternas
Que não sabem o que é deixar de ser.
Ó força incognoscível que governas
O meu querer, como o meu não-querer.
Quisera estar entre as simples luzernas
Que morrem no primeiro entardecer.
Ser deus – e não as coisas mais ditosas
Quanto mais breves, como são as rosas
É não sonhar, é nada mais obter.
Ó alegria dourada de o não ser
Entre as coisas que são, e as nebulosas,
Que não conseguiu dormir nem morrer.
Só por isso são chamadas eternas.
As estrelas, dolorosas lanternas
Que não sabem o que é deixar de ser.
Ó força incognoscível que governas
O meu querer, como o meu não-querer.
Quisera estar entre as simples luzernas
Que morrem no primeiro entardecer.
Ser deus – e não as coisas mais ditosas
Quanto mais breves, como são as rosas
É não sonhar, é nada mais obter.
Ó alegria dourada de o não ser
Entre as coisas que são, e as nebulosas,
Que não conseguiu dormir nem morrer.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Um céu e nada mais - Ana Luísa Amaral
Um céu e nada mais - que só um temos,
como neste sistema: só um sol.
Mas luzes a fingir, dependuradas
em abóbada azul - como de tecto.
E o seu número tal, que deslumbrados
eram os teus olhos, se tas mostrasse,
amor, tão de ribalta azul, como de
circo, e dança então comigo no
trapézio, poema em alto risco,
e um levíssimo toque de mistério.
Pega nas lantejoulas a fingir
de sóis mal descobertos e lança
agora a âncora maior sobre o meu
coração. Que não te assuste o som
desse trovão que ainda agora ouviste,
era de deus a sua voz, ou mito,
era de um anjo por demais caído.
Mas, de verdade: natural fenómeno
a invadir-te as veias e o cérebro,
tão frágil como álcool, tão de
potente e liso como álcool
implodindo do céu e das estrelas,
imensas a fingir e penduradas
sobre abóbada azul. Se te mostrasse,
amor, a cor do pesadelo que por
aqui passou agora mesmo, um céu
e nada mais - que nada temos,
que não seja esta angústia de
mortais (e a maldição da rima,
já agora, a invadir poema em alto
risco), e a dança no trapézio
proibido, sem rede, deus, ou lei,
nem música de dança, nem sequer
inocência de criança, amor,
nem inocência. Um céu e nada mais.
como neste sistema: só um sol.
Mas luzes a fingir, dependuradas
em abóbada azul - como de tecto.
E o seu número tal, que deslumbrados
eram os teus olhos, se tas mostrasse,
amor, tão de ribalta azul, como de
circo, e dança então comigo no
trapézio, poema em alto risco,
e um levíssimo toque de mistério.
Pega nas lantejoulas a fingir
de sóis mal descobertos e lança
agora a âncora maior sobre o meu
coração. Que não te assuste o som
desse trovão que ainda agora ouviste,
era de deus a sua voz, ou mito,
era de um anjo por demais caído.
Mas, de verdade: natural fenómeno
a invadir-te as veias e o cérebro,
tão frágil como álcool, tão de
potente e liso como álcool
implodindo do céu e das estrelas,
imensas a fingir e penduradas
sobre abóbada azul. Se te mostrasse,
amor, a cor do pesadelo que por
aqui passou agora mesmo, um céu
e nada mais - que nada temos,
que não seja esta angústia de
mortais (e a maldição da rima,
já agora, a invadir poema em alto
risco), e a dança no trapézio
proibido, sem rede, deus, ou lei,
nem música de dança, nem sequer
inocência de criança, amor,
nem inocência. Um céu e nada mais.
terça-feira, 30 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Intangível - Charles Baudelaire
Quero-te como quero à abóbada nocturna,
O' vazo de tristeza, ó grande taciturna!
E tanto mais te quero, ó minha bem amada,
Por te ver a fugir, mostrado-te empenhada
Em fazer aumentar, irónica, a distância
Que me separa a mim da celestial estância.
Bem a quero atingir, a abóbada estrelada,
Mas, se julgo alcançar, vejo-a mais afastada!
Pois se eu adoro até - ferro monstro, acredita! -
O teu frio desdem, que te faz mais bonita!
O' vazo de tristeza, ó grande taciturna!
E tanto mais te quero, ó minha bem amada,
Por te ver a fugir, mostrado-te empenhada
Em fazer aumentar, irónica, a distância
Que me separa a mim da celestial estância.
Bem a quero atingir, a abóbada estrelada,
Mas, se julgo alcançar, vejo-a mais afastada!
Pois se eu adoro até - ferro monstro, acredita! -
O teu frio desdem, que te faz mais bonita!
terça-feira, 23 de março de 2010
Despedida - Patricia Montenegro
Com o coração ferido,
E a alma machucada,
Pelos desígnios da vida...
Com os olhos embaçados pelas lágrimas,
Esqueço finalmente a emoção,
E ouço somente a voz da razão,
E sigo o único caminho que me resta;
Esquecer definitivamente você...
Despeço-me dos sonhos que você plantou,
E que um dia alegraram a minha vida,
Das palavras que foram ditas,
E agora simplesmente por você esquecidas,
Esquecerei da sua voz que um dia me aqueceu...
Despeço-me das promessas feitas,
E do seu olhar que eu nunca vou encontrar,
Despeço-me também do sabor seu beijo que não conheci,
E do seu abraço aconchegante que não recebi...
Despeço-me do seu corpo que nunca foi meu,
E de suas mãos que nunca tocaram as minhas...
Despeço-me das ilusões criadas,
E dos desejos tão sonhados...
E das asas que criei para romper as barreiras,
Despeço-me enfim de você...
Siga o seu caminho,
E permita-me que eu siga o meu,
Porque tenho certeza que você já me esqueceu...
E a alma machucada,
Pelos desígnios da vida...
Com os olhos embaçados pelas lágrimas,
Esqueço finalmente a emoção,
E ouço somente a voz da razão,
E sigo o único caminho que me resta;
Esquecer definitivamente você...
Despeço-me dos sonhos que você plantou,
E que um dia alegraram a minha vida,
Das palavras que foram ditas,
E agora simplesmente por você esquecidas,
Esquecerei da sua voz que um dia me aqueceu...
Despeço-me das promessas feitas,
E do seu olhar que eu nunca vou encontrar,
Despeço-me também do sabor seu beijo que não conheci,
E do seu abraço aconchegante que não recebi...
Despeço-me do seu corpo que nunca foi meu,
E de suas mãos que nunca tocaram as minhas...
Despeço-me das ilusões criadas,
E dos desejos tão sonhados...
E das asas que criei para romper as barreiras,
Despeço-me enfim de você...
Siga o seu caminho,
E permita-me que eu siga o meu,
Porque tenho certeza que você já me esqueceu...
domingo, 21 de março de 2010
Amor é Síntese - Mário Quintana
AMOR É SÍNTESE
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
sábado, 20 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Amor é um carpinteiro - Adelaide de C.A.Guimarães
Amor é um carpinteiro
Que ri com ar de matreiro,
Cerrando forte e ligeiro
Na tenda do coração...
Com toda a proficiência
Põe pregos de resistência,
Ferrolhos na consciência,
Tranca as portas da razão
Que ri com ar de matreiro,
Cerrando forte e ligeiro
Na tenda do coração...
Com toda a proficiência
Põe pregos de resistência,
Ferrolhos na consciência,
Tranca as portas da razão
quinta-feira, 18 de março de 2010
George Patton
Aqueles que rezam fazem mais pelo mundo que aqueles que lutam; e se o mundo vai de mal a pior, é porque existem mais batalhas do que orações.
Soneto Puro - Lêdo Ivo
Fique o amor onde está; seu movimento
nas equações marítimas se inspire
para que, feito o mar, não se retire
de verdes áreas de seu vão lamento.
.
Seja o amor como a vaga ao vago intento
de ser colhida em mãos; nela se mire
e, fiel ao seu fulcro, não admire
as enganosas rotações do vento.
.
Como o centro de tudo, não se afaste
da razão de si mesmo, e se contente
em luzir para o lume que o ensolara.
.
Seja o amor como o tempo – não se gaste
e, se gasto, renasça, noite clara
que acolhe a treva, e é clara novamente.
nas equações marítimas se inspire
para que, feito o mar, não se retire
de verdes áreas de seu vão lamento.
.
Seja o amor como a vaga ao vago intento
de ser colhida em mãos; nela se mire
e, fiel ao seu fulcro, não admire
as enganosas rotações do vento.
.
Como o centro de tudo, não se afaste
da razão de si mesmo, e se contente
em luzir para o lume que o ensolara.
.
Seja o amor como o tempo – não se gaste
e, se gasto, renasça, noite clara
que acolhe a treva, e é clara novamente.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Bob Marley
Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer
Fernando Pessoa
A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Sem remédio - Florbela Espanca
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Lira do amor romântico - Carlos D. de Andrade
Atirei um limão n’água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.
Atirei um limão n’água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.
Atirei um limão n’água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.
Atirei um limão n’água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.
Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!
Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.
Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.
Atirei um limão n’água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.
Atirei um limão n’água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.
Atirei um limão n’água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.
Atirei um limão n’água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.
Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.
Atirei um limão n’água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.
Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.
Atirei um limão n’água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?
Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.
Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.
Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.
Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.
Atirei um limão n’água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.
Atirei um limão n’água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.
Atirei um limão n’água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.
Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!
Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.
Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.
Atirei um limão n’água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.
Atirei um limão n’água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.
Atirei um limão n’água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.
Atirei um limão n’água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.
Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.
Atirei um limão n’água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.
Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.
Atirei um limão n’água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?
Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.
Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.
Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.
Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.
terça-feira, 16 de março de 2010
Vangelis - Vários Álbuns
“Evángelos Odysséas Papathanassíu, em grego Ευάγγελος Οδυσσέας Παπαθανασίου, e mais conhecido como Vangelis (Βαγγέλης) (Vólos, 29 de Março de 1943) é um músico grego de renome internacional nos estilos neo classico, progressivo, música eletrônica e ambiente. Suas composições mais conhecidas são o tema vencedor do Oscar de 1981, com o filme Carruagens de Fogo, a trilha sonora do clássico Blade Runner, e mais recentemente, do filme biográfico de Cristóvão Colombo, “1492 - A Conquista do Paraíso”, com a música instrumental “Conquest of Paradise”. Entre suas composições, há o tema da Copa do Mundo de 2002.” )Texto Wikipédia.
Alguns CDS e Um Clipe para recordar






Alguns CDS e Um Clipe para recordar







segunda-feira, 15 de março de 2010
Top 100 TV THEMES
domingo, 14 de março de 2010
Nazareth - Vários Álbuns
Banda de rock escocesa Nazareth teve seu auge nos anos 70. No início dos anos 80 retornou ao cenário com baladas tendendo ao POP e foi criticada. Seu retorno triunfal foi em 1992. Estão ainda em atividade.
“O Nazareth é hoje considerado uma das bandas mais influentes no cenário do rock, sobretudo entre aquelas que ainda continuam em atividade. Seu rock vitorioso persiste, apesar das muitas dificuldades encontradas pelo caminho. A trajetória de sucesso destes escoceses tem sido atualmente considerada um ótimo exemplo para os músicos que estão em início de carreira, bem como para aqueles que sentem-se desestimulados após alguns fracassos na busca do sucesso” (Wikipédia)
Álbuns para baixar e um clipe para recordar.










“O Nazareth é hoje considerado uma das bandas mais influentes no cenário do rock, sobretudo entre aquelas que ainda continuam em atividade. Seu rock vitorioso persiste, apesar das muitas dificuldades encontradas pelo caminho. A trajetória de sucesso destes escoceses tem sido atualmente considerada um ótimo exemplo para os músicos que estão em início de carreira, bem como para aqueles que sentem-se desestimulados após alguns fracassos na busca do sucesso” (Wikipédia)
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